Até mesmo para aquele que hoje é um exemplo para tantas
crianças e jovens, o inicio também foi difícil e muitas barreiras tiveram de
ser ultrapassadas.
Manoel aos 15 anos teve seu primeiro contato com o
karatê. A princípio não por se identificar, mas sim, para defesa, não só dele,
mas também dos irmãos. “Meu irmão se envolveu em uma briga de criança, e eu fui
tentar defender ele, e também apanhei”, disse Manoel. Foi esse, o motivo pelo
qual ele quis praticar uma luta, por uma questão de vingança, mas logo viu que esse
não era o objetivo do karatê.
Manoel perdeu o pai ainda muito novo, e por ser o filho mais
velho se tornou o homem da casa. Teve que fazer a triste escolha: trabalhar ou
estudar? E como muitos, optou por trabalhar para ajudar a família.
Entrou no Centro Santos Dumont para substituir um
professor, apenas por uma aula, e agradou os alunos a tal ponto que em pouco
tempo já estava trabalhando voluntariamente, de 16 anos e até os dias
de hoje.
A turma do karatê, não é uma simples turma. Como eles
mesmos o chamam,“painho”, se tornaram uma família. E é como um pai, que ele
aconselha, ajuda da forma que puder todos os seus “filhos”.
Como um bom pai, batalhou com os seus filhos uma
continuação de seu trabalho, alguns alunos já abriram academias para repassar a
arte, com o mesmo propósito que foram ensinados.
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